sexta-feira, 13 de junho de 2025 3d1y6r

Acusado de mandar matar funcionários, empresário se entrega após sete meses foragido e é liberado pela Justiça 6r2l1u

Foto: Reprodução

Da Redação

O empresário Marcelo Batista Silva, acusado de ser o mandante e de participar diretamente da execução de dois ex-funcionários desaparecidos em novembro de 2024, se apresentou à polícia na última segunda-feira (9), após sete meses foragido. Apesar da gravidade das acusações, ele foi liberado no mesmo dia por decisão da Justiça baiana.

Segundo o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a defesa de Marcelo entrou com um pedido de liberdade provisória imediatamente após sua apresentação às autoridades. O juiz Vilebaldo José de Freitas Pereira concedeu a soltura, justificando que o réu entregou o aporte, demonstrou arrependimento e respeito ao Judiciário, inclusive com um pedido formal de desculpas.

Entre as medidas cautelares impostas estão o uso de tornozeleira eletrônica, comparecimento mensal à Justiça, manutenção de endereço atualizado, proibição de deixar a comarca sem autorização e de frequentar bares. Marcelo também deverá comparecer à sessão de julgamento do júri, caso o processo avance até essa etapa.

As vítimas, Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz, trabalhavam informalmente para o empresário em um ferro-velho no bairro de Pirajá, em Salvador. Ambos desapareceram três semanas após o início das atividades no local. Familiares relataram ao Correio que, apesar das queixas sobre as condições de trabalho, os jovens não haviam mencionado episódios de violência envolvendo o patrão.

Quatro dias após o desaparecimento, cães farejadores da polícia indicaram a presença de Paulo Daniel no ferro-velho antes de sumir. Três dias depois, a Polícia Civil solicitou a prisão de Marcelo, que então fugiu. Em janeiro deste ano, dois policiais militares foram presos sob acusação de envolvimento no desaparecimento e morte dos trabalhadores.

11 de junho de 2025, 12:36

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