Homem que agrediu bebê ao confundi-lo com boneca “reborn” é liberado após pagar fiança em Minas Gerais 623d6f
Da Redação
Filipe Martins Cruz, suspeito de agredir um bebê de quatro meses ao supostamente confundi-lo com uma boneca de silicone do tipo “bebê reborn”, foi liberado pela Justiça de Minas Gerais neste sábado (7). A soltura foi condicionada ao pagamento de uma fiança no valor de três salários mínimos, o equivalente a R$ 4.554,00.
A decisão, expedida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), impõe ao acusado o cumprimento de medidas cautelares. Entre elas, estão o comparecimento periódico, por pelo menos três meses, a uma unidade de prevenção à criminalidade; a obrigação de manter o endereço atualizado junto à Justiça; e a presença obrigatória em todas as etapas do processo judicial.
O episódio foi registrado na noite da última quinta-feira (5), em uma praça na Avenida Getúlio Vargas, na região central da capital mineira. Segundo o relato dos pais da criança, eles estavam em um food truck quando o homem se aproximou, aparentemente interessado em interagir com o bebê.
De acordo com os autos, o suspeito insistiu que a criança era uma boneca do tipo reborn. Mesmo após ser corrigido pelo pai, que afirmou tratar-se de um bebê real, o homem teria desferido um tapa com a mão aberta na cabeça da criança, atingindo o lado direito do crânio e provocando inchaço próximo à orelha.
Populares que presenciaram a agressão intervieram e contiveram o agressor até a chegada da Polícia Militar. A criança foi levada ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, enquanto o suspeito foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Centro-Sul, após sofrer escoriações no braço ao cair durante a detenção.
Em depoimento à polícia, o homem apresentou falas desconexas e alegou, sem justificativa plausível, que a mãe da criança “queria alguma coisa dele”. A avaliação do estado psíquico do suspeito foi considerada incerta pela Justiça no momento dos fatos.
O caso segue sob investigação, e o homem poderá responder por lesão corporal contra criança, crime com penas mais severas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
