Humorista confessa assassinato de miss baiana após declaração não correspondida 6w243e

Da Redação
O humorista e motorista de aplicativo Marcelo Alves, de 41 anos, confessou ter assassinado por estrangulamento a jovem Raíssa Suellen Ferreira, de 23 anos, na cidade de Curitiba. Segundo informações do Estadão, a vítima, natural de Paulo Afonso, estava desaparecida desde o dia 2 de junho e foi morta após recusar uma declaração amorosa feita por Marcelo, com quem tinha uma amizade desde a infância, em Petrolândia (PE), município a 63 quilômetros de Paulo Afonso, no norte baiano.
Raíssa havia se mudado para a capital paranaense há cerca de três anos, a convite do próprio Marcelo, que também havia se estabelecido em Curitiba. Ela era modelo e influenciadora digital e acreditava que a mudança para outra cidade a faria conquistar mais visibilidade. Segundo familiares, ela havia iniciado recentemente o curso superior de estética.
De acordo com a Polícia Civil do Paraná, o crime foi motivado por uma reação negativa da vítima à investida amorosa do autor confesso. A delegada Aline Manzatto, responsável pelo caso, afirmou ao Estadão que Marcelo alegou ter sido tomado por “ódio” após a recusa e, descontrolado, utilizou um fio plástico para estrangulá-la.
“Isso despertou a ira dele”, explicou a delegada. Segundo ela, após o assassinato, Marcelo deixou o corpo em um cômodo da casa e foi para outro. “Dez minutos depois ele retorna e Raíssa já está em óbito”, afirmou.
Ainda conforme apuração do Estadão, o próprio Marcelo entrou em contato com o filho para contar o que havia ocorrido. O jovem teria aconselhado o pai a se entregar à polícia, mas acabou ajudando a transportar o corpo. Utilizando o porta-malas de um carro emprestado por um amigo, eles levaram o corpo até um matagal na região metropolitana de Curitiba, onde foi enterrado, enrolado em uma lona.
Em entrevista à afiliada da TV Globo, RPC, o advogado de defesa de Marcelo, Caio Percival, classificou o caso como um crime ional e afirmou que o cliente é réu primário, tem bons antecedentes e confessou o crime. “Infelizmente, foi arrastado pelas barras da paixão a essa situação que foge do normal”, disse o defensor, acrescentando que a confissão e o suposto domínio de violenta emoção podem ser considerados atenuantes na dosimetria da pena.
A Polícia Civil segue com as investigações. Até o momento, Marcelo segue preso à disposição da Justiça.