Polícia de SP encontra marcas de sangue no carro de empresário morto em buraco no Autódromo de Interlagos 202a5g

Da Redação
A Polícia Civil de São Paulo localizou marcas de sangue no carro do empresário Adalberto Amarillo Júnior, encontrado morto no último dia 3 de junho em uma escavação de obra dentro do Autódromo de Interlagos, na Zona Sul da capital. O veículo ou por nova perícia nesta semana, e, de acordo com informações da TV Globo, peritos do Instituto de Criminalística detectaram vestígios consideráveis de sangue em pelo menos quatro pontos distintos do automóvel.
As manchas estavam localizadas ao lado da porta, no assoalho traseiro, atrás do banco do ageiro e no banco de trás. Exames preliminares confirmaram que o sangue é humano, mas ainda não foi possível determinar a quem pertence. Um exame de DNA foi solicitado para comparar o material com o perfil genético do empresário.
Adalberto desapareceu em 30 de maio, após participar de um evento no autódromo. Imagens de câmeras de segurança registraram sua chegada sozinho ao local por volta de 12h30. Mais tarde, encontrou-se com um amigo e, às 20h30, enviou uma última mensagem à esposa. Desde então, não foi mais visto.
Segundo a TV Globo, o amigo relatou à polícia que o empresário consumiu maconha e ingeriu oito copos de cerveja durante o evento. Ao se despedirem, Adalberto teria afirmado que retornaria ao carro. Contudo, não há registros de imagem do empresário indo para o estacionamento.
O corpo foi encontrado quatro dias depois, a cerca de 200 metros de onde ocorreu o evento, em um buraco com aproximadamente três metros de profundidade e 80 centímetros de diâmetro, dentro de uma área em obras. O empresário estava sem calça e sem os sapatos. As roupas ainda não foram localizadas.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML), divulgado pela TV Globo, apontou como causa da morte a compressão torácica, o que indica possível asfixia provocada pela limitação de espaço dentro do buraco. Exames de imagem e de raio-X não revelaram fraturas ou sinais de violência.
“Ele foi posto ali desacordado”, afirmou à TV a delegada Ivalda Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios da Polícia Civil de São Paulo, indicando que a linha de investigação principal considera a possibilidade de um ato criminoso.
Ainda de acordo com a TV Globo, o Instituto de Criminalística utilizou drones e scanner 3D para mapear a cena do crime, “imortalizando tridimensionalmente” o local. O diretor do IML, Giovanni Chiarelo, reforçou que exames toxicológicos, anatomopatológicos e subungueais ainda estão em andamento para esclarecer as circunstâncias da morte.
Na última quinta-feira (5), garis encontraram uma calça próxima ao autódromo, que pode ser a usada por Adalberto no dia do desaparecimento. A peça foi recolhida e será periciada. Outra calça já havia sido encontrada um dia antes, mas foi descartada após a família não reconhecê-la.
A investigação prossegue, e a Polícia Civil aguarda os resultados dos exames para avançar na identificação de possíveis responsáveis e na elucidação completa do caso.